No final da década de 1980, as empresas de telecomunicações da América do Norte e da Europa estavam preocupadas com as crescentes demandas de redes de computadores e a total falta de padronização (imaginemos diferentes fornecedores, cada um com um tipo de cabo, um tipo de conector, etc.). Dessa forma, em decorrência da completa despadronização vivenciada pelas companhias, houve a necessidade de estabelecer métodos para a criação de padrões de instalação e mensuração do desempenho do cabeamento. Mas, quais os impactos que as empresas que utilizam as redes de telecomunicações fora da ANSI 569-B sentem no dia a dia? Os resultados negativos vivenciados pelas empresas que usam as redes fora da normativa são inúmeros e repercutem diretamente na entrega dos projetos.
Impactos para empresas com atuação em redes fora da ANSI 569-B
A princípio, um sistema de cabeamento estruturado bem projetado garante um leque de vantagens para empresas que seguem o padrão da ANSI 569-B. Em contrapartida, o inverso dessa organização gera impactos negativos que algumas empresas sofrem por andarem fora do padrão ANSI 569-B, tais como:
- Aumento do custo com novas instalações;
- Dificuldade para realizar manutenções mais rápidas e seguras;
- A falta de garantia do desempenho pela confiabilidade do cabeamento;
- O elevado investimento em mão-de-obra;
- A curta durabilidade do sistema;
- O crescimento do downtime.
Na contramão disso, outros resultados prejudiciais enfrentados pelas empresas que, clandestinamente, utilizam as redes de telecomunicações fora do padrão ANSI 569-B estão, sobretudo, na ausência de especificações e normas que conduzam os projetos de cabeamento estruturado e todos os seus subsistemas em edifícios comerciais a um resultado bem-sucedido. Nesse aspecto, os riscos enfrentados para quem não anda corretamente com os itens estabelecidos na normativa são incalculáveis.
As normas são, portanto, desenvolvidas por duas associações, EIA/TIA (Associação das Indústrias Eletrônicas/Associação das Indústrias de Telecomunicações) e ISO/IEC (Organização Internacional de Normas/Comissão Eletrotécnica Internacional). À medida que cresce o uso de redes locais de computadores e novos serviços de mídia, como voz, dados, teleconferência, telefonia, internet, multimídia, etc., aumentam os padrões de ordenação e estruturação de títulos para estabelecerem dentro da empresa.


Padrões e procedimentos para projetos de telecomunicações
Com este objetivo em mente, os comitês EIA/TIA e ISO/IEC sugerem padrões e procedimentos de uma perspectiva de instalação, avaliação de desempenho e resolução de problemas para integração de rede, telecomunicações e cabeamento de controle para fornecer os serviços acima mencionados.
No Brasil, a ABNT não publicou a norma NBR-14565 até 2000, revisada em 2007 – Cabeamento de telecomunicações em edifícios comerciais. Antes do lançamento da norma ABNT, as empresas brasileiras se baseavam em normas internacionais. Assim também, ainda hoje, a maioria das empresas segue padrões internacionais, sendo mais completos que as normas brasileiras e em constante atualização.
Os padrões mais conhecidos são o americano ANSI TIA/EIA 568, que já é uma versão C e trata dos requisitos gerais para cabeamento estruturado, e o europeu ISO/IEC 11801 – Cabeamento genérico para instalações de clientes, mas os profissionais da área devem conhecer e seguir outras Especificações como TIA/EIA 569 para infraestrutura, TIA/EIA 606 para gerenciamento, entre outras normativas que legitimam esses serviços.
O ANSI/TIA/EIA 568-B substituiu o ANSI/TIA/EIA 568-A em 2001 como o “padrão para cabeamento de telecomunicações em edifícios comerciais”. A normativa ANSI/TIA/EIA revisa os padrões a cada 5 anos. Mais de 60 organizações da indústria de telecomunicações – fabricantes, consultores, clientes finais, entre outros -, contribuíram com sua “expertise” no desenvolvimento deste novo documento.
Portanto, a norma internacional EIA/TIA-569A ampara as especificações ideais para que projetos de telecomunicações em edifícios comerciais tenham sucesso. Detalhadamente, ela está encarregada das rotas e espaços das estruturas cabeadas.
Leia mais: Por que investir em cabeamento estruturado?
Normativa para legitimar empresas em redes
Nesse ínterim, a norma estabelece parâmetros adequados para que as estruturas dos dutos, canaletas e outros espaços sejam praticados adequadamente em edifícios comerciais. Desse modo, se os parâmetros estabelecidos no projeto forem seguidos criteriosamente, toda a estrutura conseguirá suportar a carga de um sistema de telecomunicações sem limitações aos recursos de voz e/ou dados.
A propósito, é fundamental buscar essa padronização dos projetos de cabeamento estruturado para garantir maior segurança, durabilidade e facilidade em revisões e planejamentos futuros.
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