Nova tecnologia atinge velocidade de 10 Gbps usando fios de cobre convencionais

Engenheiros de telecomunicações da Bell Labs conseguiram atingir uma taxa de 10 gigabits por segundo utilizando fios de cobre. A nova tecnologia, chamada Dubbed XG.fast, vai permitir estender consideravelmente a vida útil de linhas de fio de cobre, oferecendo uma alternativa mais econômica de modernização que não seja a instalação de fibra ótica onde já existe uma rede de fios de telefone. 

A Bell Labs, agora integrada à gigante de telecomunicações Alcatel-Lucent, desenvolveu a tecnologia XG.fast como uma extensão da G.fast – esta, por sua vez, sucedeu a VDSL2. Enquanto a VDSL2 oferece uma velocidade de até 150 Mbps, a G.fast alcança até 1.25 Gbps. Isso quer dizer que o limite da nova tecnologia XG.fast é quase dez vezes superior à que está disponível no mercado atualmente.

Como acontece com as novas tecnologias de fio de cobre, as grandes velocidades da XG.fast são oriundas principalmente a partir de seu uso em um freqüência maior. É como acontece com a Wi-Fi: a frequência de 2.4 GHz só comporta uma determinada quantidade de dados no canal de 20 MHz, mas uma quantidade muito maior pode ser transportada nos canais de 80 MHz e 160 MHz nas frequências de 5 GHz.

Entretanto, o problema de compactar 500 MHz em um cabo de cobre é que altas frequências se atenuam – ou enfraquecem – muito rapidamente. Somado a isso, tem o fato de interferências originadas por outros cabos de cobre, tornando o alcance menor. Para o VDSL2, o comprimento máximo do cabo é em torno de 400 metros para se ter uma velocidade de 150 Mbps. E para uma velocidade de 1.25 Gbps G.fast, o comprimento máximo cai para 70 metros aproximados. 

De qualquer maneira, esses 70 metros continuam sendo uma alternativa mais econômica do que a instalação de fibra ótica nas casas das pessoas. Se já existe uma instalação telefônica de cobre na maioria das casas, por que não utilizá-la?

No horizonte

Apesar da novidade, as transmissões de dados a 10 Gbps ainda estão um tanto distantes – ainda mais no Brasil. Provavelmente, os passos dados serão em direção ao uso de VDSL2 e em seguida G.fast, até que o XG.fast comece a se tornar uma realidade. 

A fibra ótica ainda ocupa o topo das soluções nesse quesito, tanto pela quantidade de dados como em um pensamento de “visão de futuro”, mas a instalação desta tecnologia nas cidades e casas requer um investimento inimaginável e, atualmente, inalcançável.

Fonte: Canaltech

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